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Covid: Dificuldades Respiratórias, Dores… As Sequelas Podem Variar

Pouco a pouco, os cientistas começam a entender melhor a amplitude das sequelas deixadas pela Covid.

Estudos têm sido feitos em todo o mundo e alguns resultados mostraram que 60% entre 1137 pacientes sofriam ainda de pelo menos um sintoma, e 24% entre eles, pelo menos três sintomas após a infecção.

Entre as sequelas mais frequentes estão: fadiga, perda de olfato e paladar, dificuldade respiratória, dores musculares e articulares.

Seja de forma mais leve ou mais grave, a Covid-19 pode ter consequências a longo prazo no nosso organismo.

Se você está infectado ou conhece alguém, é importante ficar atento e buscar ajuda profissional o quanto antes, a fim de evitar problemas mais graves.

Por isso, vamos mostrar aqui tanto as sequelas temporárias quanto as mais graves, e quais as melhores medidas a tomar.

Covid: quais as sequelas temporárias?

Em primeiro lugar, saiba que mesmo nas formas mais leves da Covid, pode haver sequelas.

As sequelas geralmente reversíveis da Covid-19 são também chamadas de Covid longo ou síndrome pós-Covid.

Segundo especialistas, mais da metade dos pacientes apresentam ainda pelo menos um dos sintomas iniciais quatro semanas após o início da doença.

Isso vale tanto para os pacientes que contraíram a forma leve como a mais grave da doença.

Entre os sintomas mais frequentes encontrados, podemos destacar:

  • Fadiga;
  • Dores articulares e musculares;
  • Problemas neurológicos, por exemplo, cefaleias;
  • Perda de olfato e paladar;
  • Problemas digestivos;
  • Doenças de pele.

Os pesquisadores estão tentando identificar as causas desses sintomas que persistem, e algumas hipóteses foram levantadas, como uma reação inflamatória no organismo.

O estado de saúde melhora de uma forma progressiva, em geral em alguns meses, graças a um tratamento personalizado.

Por exemplo, pacientes com dores articulares, devem procurar um médico ortopedista, para iniciar um tratamento para minimizar essas dores.

E isso vale para todas as especialidades médicas, onde o profissional de saúde vai avaliar o que está acontecendo e tentar reverter a situação.

As sequelas a longo prazo das formas graves de Covid

As sequelas mais pesadas e às vezes irreversíveis são observadas em pacientes que desenvolveram a forma grave.

E quem pensa que só os pulmões são afetados, está muito enganado.

O novo coronavírus, assim como outros vírus, atacam todos os órgãos, podendo afetar o coração, os vasos sanguíneos, o pulmão, o cérebro, e outras tantas outras sequelas.

Além disso, o nosso sistema imunológico reage, podendo dar origem a uma inflamação do miocárdio, encefalite, infecção respiratória aguda, etc.

Um estudo publicado na revista Journal of the American College of Cardilogy revela que os pacientes que desenvolveram a forma grave de Covid-19 e que precisaram de intubação ou ventilação artificial, têm um maior risco de sofrer de uma flebite, que é uma trombose venosa.

Ou seja, as sequelas a longo prazo podem ser neurológicas, renais, pulmonares, assim como consequências psiquiátricas e psicológicas.

Um retorno à vida normal é difícil

Um estudo conduzido com 1250 pacientes tratados em 38 hospitais em Michigan, Estados Unidos, confirma todas as afirmações acima com números.

Dois meses após a hospitalização, aproximadamente 7% dos pacientes morreram. 

Mais de 39% dos pacientes entrevistados afirmam que não conseguiram voltar às atividades do dia a dia, e 20% explicam que ainda não conseguem cuidar de si mesmos.

Cerca de 23% dizem ficar sem fôlego ao subir alguns degraus, enquanto que um terço continua tendo sintomas como falta de olfato e paladar.

Além disso, um estado de saúde frágil tem repercussões também na vida profissional, onde aproximadamente 40% não retornaram ao trabalho, enquanto 26% até voltaram a trabalhar, mas com uma carga de trabalho reduzida.

E mais da metade experimentam um problema psicológico, como depressão e ansiedade, sendo necessário consultar um profissional de saúde mental.

Segundo o autor principal do estudo, Hallie Prescott, “Grande número das pessoas que apresentam dificuldades após a Covid, revelam a urgência de desenvolver programas para promover a convalescência após uma infecção aguda”.

Qual acompanhamento?

Em função das sequelas da infecção, os pacientes gravemente afetados deverão fazer uma reeducação e reabilitação durante um tempo maior.

Por exemplo, em caso de sequelas que afetam a mobilidade, é importante seguir as orientações do ortopedista, de forma a fortalecer a articulação.

Ou em casos de sequelas pulmonares, o paciente deve fazer uma reabilitação pulmonar, que consiste em assoprar contra uma pressão, ou seja, criar uma pressão de expiração para reabrir as vias pulmonares.

Às vezes, essas sequelas serão definitivas, onde alguns irão precisar de oxigênio, outros de medicamentos para fortalecer o coração em caso de insuficiência cardíaca.

Para tratar essas sequelas, a recomendação é:

  • Voltar a fazer uma atividade física, mesmo uma caminhada;
  • Observar a qualidade funcional dos órgãos mais atingidos;
  • Um acompanhamento da evolução dessas sequelas;
  • Propor uma ajuda psicológica aos pacientes.

O ideal seria que houvesse uma preocupação maior para dar todo o suporte aos pacientes pós-Covid.

O mais importante é que essas sequelas sejam amenizadas e assim, as pessoas possam retomar às suas atividades.

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